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Mostrando postagens de agosto, 2017

UM OLHAR DA SENZALA 2: A DOUTRINA DE GILBERTO FREYRE COMO FORJA DA " DEMOCRACIA RACIAL" E DO "LUSO TROPICALISMO"

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Dando continuidade as ideias colocadas anteriormente sobre as tendências ideológicas presentes na obra de Gilberto Freyre, neste artigo pretendo trazer um pouco da reflexão sobre as relações e intenções políticas freyrianas, nos contextos Brasil, Portugal e países africanos colonizados por Portugal. É importante compreender a função dos intelectuais como produtores de discursos que vão legitimar ou deslegitimar ações do Estado, criando teorias para amparar projetos de intervenção social econômica em um determinado território. Outro fator importante é compreender que a cultura, para além da suas funções regionais de conectar os cidadãos de uma determinada sociedade, também é uma ferramenta que pode ser utilizada pelo Estado para estabelecer relações diplomáticas entre territórios, para se forjar uma certa identidade social, produzir bens econômicos através do turismo, entre outras questões. Sendo assim, quando olhamos para as relações estabelecidas entre Gilberto Freyre, Getúl

DANIEL MARQUES, UMX GRANDE ARTISTA E PESSOA PARTE PARA O ORUN

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Estou devendo o texto sobre as relações políticas de Gilberto Freyre, e a sua profissão de elaborar conceitos por encomenda para ditadores, colonizadores e escravocratas. Logo menos pagarei minha dívida… No entanto, um assunto mais urgente e dolorido interrompe minha pausa na escrita e me faz mudar o rumo das palavras… Estou em dívida com a vida, estive em dívida com Daniel Marques… Estou falando de afetos adiados, daquela sensação de “não dá mais tempo”… No domingo dia 31/08/2017 recebi uma mensagem de áudio (de uma guerreira preta Yayá Thaina),  uma foto dx Daniel:  Acompanhada do seguinte texto: “A  maior de todas as dificuldades é aceitar o fato de que um homem está morto. Uma coisa é saber que um amigo está morto e outra coisa é aceitar dentro de nós mesmos, esse silêncio irrespondível; não muitos de nós são capazes de aceitar a realidade da morte. É uma afirmação, óbvia, intrincada. Assim, a imaginação, a quem foi designada a tarefa de recriar e interpretar a vi