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Mostrando postagens de 2017

Parte 2 - O BLACK ARTS MOVEMENT: SIGNIFICADO E POTENCIAL

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Esta é uma tradução livre do ensaio "The Black Arts Movement: Its meaning and potencial", escrito pelo poeta, dramaturgo e ativista Amiri Baraka (1934-2014) em 1994, apresentado no Simpósio "Visualizando a Negritude (Blackness)", do Centro de Pesquisa e Estudos Africanos da Universidade de Cornell em 13 de outubro de 2000. Publicado pelo  Nka: Journal of Contemporary African Art, 29, de 2011, pp.  22-31, em publicação da Universidade de Duke. Disponível em: http://muse.jhu.edu/article/480693 TEXTO DE: Amiri Baraka TRADUÇÃO: Rose Mara Kielela CONTINUAÇÃO: (para uma melhor compreensão do ensaio todo recomenda-se ler a primeira parte na publicação  Parte1- O Black Arts Movement: significado e potencial. ) Mas qualquer que fosse a nossa visão e teoria, poderiam ser apenas especulações, a menos que pudéssemos torná-las reais através da "prova" prática. Na melhor das hipóteses, éramos uma frente unida e frouxa, juntos firmemente

Parte 1 - O BLACK ARTS MOVEMENT: SIGNIFICADO E POTENCIAL

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Esta é uma tradução livre do ensaio "The Black Arts Movement: Its meaning and potencial", escrito pelo poeta, dramaturgo e ativista Amiri Baraka (1934-2014) em 1994, apresentado no Simpósio "Visualizando a Negritude (Blackness)", do Centro de Pesquisa e Estudos Africanos da Universidade de Cornell em 13 de outubro de 2000. Publicado pelo  Nka: Journal of Contemporary African Art, 29, de 2011, pp.  22-31, em publicação da Universidade de Duke. Disponível em: http://muse.jhu.edu/article/480693 TEXTO DE: Amiri Baraka TRADUÇÃO: Rose Mara Kielela No final dos anos 1950, o movimento dos direitos civis dos EUA alcançou uma nova força com a vitória do boicote aos ônibus em Montgomery, o surgimento de Martin Luther King Jr., e a formação Conferência da Liderança Cristã do Sul. A revolução cubana trouxe para essa época um clímax estrondoso com mais uma vitória popular democrática. Em 1960 o movimento estudantil negro tinha se formado fora do espaço Greensboro

A ARTE NEGRA E O PARIR DE MUNDOS POSSÍVEIS

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Nas mais diversas linguagens artísticas, quando é proposta alguma discussão sobre a “arte negra”, algumas perguntas são recorrentes, como por exemplo: “existe uma dança (cinema, teatro, artes visuais…) negra?”, “se há uma arte negra, então podemos dizer que há uma ‘arte branca’?”, “o que carateriza uma obra de ‘arte negra’?”, “todo negro artista faz ‘arte negra’?”…. Essas entre outras perguntas estão sempre presentes nas discussões, sendo assim, é necessário nos debruçarmos um pouco sobre as mesmas, não na intenção de dar uma resposta “definitiva”, mas para movimentar os raciocínios e gerar outras perspectivas possíveis. Uma questão primeira é que para adensarmos as discussões em “arte negra” é necessário “desuniversalizar” as ideias, e perceber que os diversos discursos artísticos estão comprometidos com visões múltiplas de mundo. Mundo este que está em movimento constante para as mais diversas direções, sendo assim, não é possível termos um movimento unificado em qualque

UM OLHAR DA SENZALA 2: A DOUTRINA DE GILBERTO FREYRE COMO FORJA DA " DEMOCRACIA RACIAL" E DO "LUSO TROPICALISMO"

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Dando continuidade as ideias colocadas anteriormente sobre as tendências ideológicas presentes na obra de Gilberto Freyre, neste artigo pretendo trazer um pouco da reflexão sobre as relações e intenções políticas freyrianas, nos contextos Brasil, Portugal e países africanos colonizados por Portugal. É importante compreender a função dos intelectuais como produtores de discursos que vão legitimar ou deslegitimar ações do Estado, criando teorias para amparar projetos de intervenção social econômica em um determinado território. Outro fator importante é compreender que a cultura, para além da suas funções regionais de conectar os cidadãos de uma determinada sociedade, também é uma ferramenta que pode ser utilizada pelo Estado para estabelecer relações diplomáticas entre territórios, para se forjar uma certa identidade social, produzir bens econômicos através do turismo, entre outras questões. Sendo assim, quando olhamos para as relações estabelecidas entre Gilberto Freyre, Getúl