CURSOS
Curso de Dança Afro Brasileira Contemporânea
As danças afro-brasileiras são muitas, e essas aulas tem como proposta vivênciar e explorar os aspectos performativos e estruturais das mesmas. Para além disso, buscamos abordar o corpo num processo somatopsíquico, onde o movimento para além de colocar a massa muscular em movimento, também dinamiza as energias psíquicas, emocionais e anímicas, tudo isso em um processo que contempla tanto as dimensões individuais, quanto as necessidades de pertença comunitária de cada participante.
Fisicamente trabalharemos com a compreensão dos processos corporais dessas danças: dinâmicas de poliritmia/polimovimento, compreensão de fluxos de energia, resistência muscular e cardiorrespiratória, dinâmica de aprendizagem coletiva, estrutura mística do movimento, jogos de improvisação, utilização do espaço, reorganização do tônus, presentificação do corpo através dos 5 sentidos físicos, a “ginga” e a voz como parte do movimento dançado.Tendo como motivadores sócio histórico políticos os conceitos de engajamento, resistência e resiliência, entendidos fisicamente.
Uma outra noção incluída no processo proposto é o de prazer/alegria no movimento e no jogo com o outro que é um elemento "psico somático" fundamental das danças afro brasileiras, ou seja, a ludicidade.
Ministrante: Rose Mara Silva
Local: Casa Mocambo - Rua Vale de Santo António, nº 122 A, Santa Apolónia, Lisboa.
Investimento: 5 euros/aula
Corpo Negro na Escola – a dança como procedimento metodológicos
As danças afro-brasileiras são muitas, e essas aulas tem como proposta vivênciar e explorar os aspectos performativos e estruturais das mesmas. Para além disso, buscamos abordar o corpo num processo somatopsíquico, onde o movimento para além de colocar a massa muscular em movimento, também dinamiza as energias psíquicas, emocionais e anímicas, tudo isso em um processo que contempla tanto as dimensões individuais, quanto as necessidades de pertença comunitária de cada participante.
Fisicamente trabalharemos com a compreensão dos processos corporais dessas danças: dinâmicas de poliritmia/polimovimento, compreensão de fluxos de energia, resistência muscular e cardiorrespiratória, dinâmica de aprendizagem coletiva, estrutura mística do movimento, jogos de improvisação, utilização do espaço, reorganização do tônus, presentificação do corpo através dos 5 sentidos físicos, a “ginga” e a voz como parte do movimento dançado.Tendo como motivadores sócio histórico políticos os conceitos de engajamento, resistência e resiliência, entendidos fisicamente.
Uma outra noção incluída no processo proposto é o de prazer/alegria no movimento e no jogo com o outro que é um elemento "psico somático" fundamental das danças afro brasileiras, ou seja, a ludicidade.
Ministrante: Rose Mara Silva
Local: Casa Mocambo - Rua Vale de Santo António, nº 122 A, Santa Apolónia, Lisboa.
Investimento: 5 euros/aula
Corpo Negro na Escola – a dança como procedimento metodológicos
Ministrante: Rose Mara Silva
Quem é você sem seu corpo? Essa é uma pergunta primordial quando nos propomos a discutir as questões corporais e suas reverberações nos diferentes espaços. Como coloca o sociólogo David Le Breton em seu livro A sociologia do Corpo, o corpo é o eixo da relação com o mundo, o lugar e tempo nos quais a existência toma forma através da fisionomia singular de um indivíduo. No entanto, quando tratamos da pessoa negra essas relações se alteram e se tornam muito mais complexas, emaranhando questões históricas, sociológicas, psíquicas e simbólicas, no ambiente escolar essas relações se complexificam ainda mais e trazem à tona problemas histórico sociais que devem ser abordados constantemente pelos educadores.
A escola como instituição normativa e facilitadora dos processos coloniais, instituiu-se como um espaço de domesticação e docilização dos corpos nas diferentes esferas sociais, tornando-se um espaço extremamente opressor para a infância como um todo, com um caráter adicional de propagador de ideologias subalternizantes para determinados grupos étnicos. A relação corpo/escola precisa ser desmontada e revista no século XXI, eco dessa compreensão é a Lei 7032/2010, sancionada em 2015 que instaura a dança como disciplina obrigatória na educação básica. No entanto, a questão é: Que dança será essa a ser ensinada na escola? Sob qual abordagem? A dança é uma linguagem artística plural, que carrega os mais diversos valores e pensamentos nos mais diversos contextos e grupos sociais, na história afro-brasileira foi uma importante estratégia de sobrevivência/resistência e pode ser uma importante ferramenta de trabalho para o educador abordar as questões étnico raciais em sala de aula.
Sendo assim, esse curso pretende articular as leis 10.639/03, 11.645/08 e 7.032/10 para gerar questionamentos e ferramentas de trabalho para o educador em sala de aula, buscando instrumentalizar o mesmo para articular conteúdos em sua prática e contribuir para a transformação do ambiente escolar no século XXI.
Através de uma abordagem teórico-prática o curso está divido em 4 módulos, sendo eles:
Módulo I – Espelho, espelho meu... : Neste módulo empreenderemos o processo de reconhecer as ideologias fundadoras da noção de corpo na sociedade ocidental contemporânea, bem como os processos de exclusão engendrados através do corpo e seus reflexos na infância e juventude. Ao mesmo tempo em que serão apresentadas visões alternativas relacionadas à concepções filosóficas de pessoa presentes no continente africano e em algumas das manifestações culturais afro-brasileiras.
Módulo II – Aprender experimentando: Neste módulo trataremos de aspectos fundamentais da dança como linguagem artística e a possível teia de relações que esta pode estabelecer com as demais linguagens no contexto contemporâneo. Também abordaremos estratégias de aprendizagem ligadas ao movimento corporal. Estabeleceremos a relação entre elementos da sonoridade e do movimento. E daremos a conhecer jogos com base nas danças afro-brasileiras.
Módulo III – Panorama da questão étnico racial ontem e hoje: Neste módulo trabalharemos brevemente com o histórico do movimento negro no Brasil, focando em problemáticas urgentes como a mortalidade da juventude negra e a subalternização contínua da mulher negra nas diferentes esferas da vida.
Módulo IV – Possíveis bases para trabalhar a cultura afro-brasileira na escola: Neste módulo apresentaremos artistas de diferentes linguagens que podem ser utilizados como material didático. Abordaremos os valores sociais presentes na cultura afrobrasileira: Memória, ancestralidade, religiosidade, oralidade, musicalidade, cooperação/comunitarismo, corporeidade, ludicidade e circularidade. Construção de dinâmicas para sala de aula;e teremos um momento para auto-avaliação/auto-reconhecimento do grupo em relação suas práticas e reflexões.
Todos os módulos estão formatados em momentos práticos e momentos teóricos.
Curso de Extensão: Corpo Negro na Escola - A dança como procedimento metodológico
Datas: 30/04, 07/05, 14/05 e 21/05
Horários: das 8h às 11h
Carga Horária: 12 Horas
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