Texto de Rose Mara Kielela Um assunto muito falado no mundo artístico atualmente é a “arte decolonial”, seguida por assuntos como “desobediência epistêmica”, “descolonização dos museus”, “descolonização do imaginário”, entre outros. No entanto, dada a proliferação dos termos pode ser interessante compreendermos um pouco do processo histórico da opção decolonial, bem como suas implicações no campo da estética e produção artística. A opção decolonial surgiu no terceiro mundo, justamente no momento de queda da ideia de divisão desses três mundos, suas bases históricas fundam-se na Conferência de Bandung 1955, onde 29 países de Ásia e África se reuniram para encontrar alicerces e visões de um futuro comum que não fosse nem comunista, nem capitalista, tratava-se de se desprender das principais narrativas ocidentais. Em seguida ocorreu a Conferência dos Países Não Alinhados, em Belgrado, 1961, na qual somaram forças com asiáticos e africanos, muitos países latino americanos. Assim,...
Esta é uma tradução livre do ensaio "The Black Arts Movement: Its meaning and potencial", escrito pelo poeta, dramaturgo e ativista Amiri Baraka (1934-2014) em 1994, apresentado no Simpósio "Visualizando a Negritude (Blackness)", do Centro de Pesquisa e Estudos Africanos da Universidade de Cornell em 13 de outubro de 2000. Publicado pelo Nka: Journal of Contemporary African Art, 29, de 2011, pp. 22-31, em publicação da Universidade de Duke. Disponível em: http://muse.jhu.edu/article/480693 TEXTO DE: Amiri Baraka TRADUÇÃO: Rose Mara Kielela No final dos anos 1950, o movimento dos direitos civis dos EUA alcançou uma nova força com a vitória do boicote aos ônibus em Montgomery, o surgimento de Martin Luther King Jr., e a formação Conferência da Liderança Cristã do Sul. A revolução cubana trouxe para essa época um clímax estrondoso com mais uma vitória popular democrática. Em 1960 o movimento estudantil negro tinha se formado fora do espaço Greensboro...
Po r Rose Mara Silva Fundador do Studios Kabako em Kisangani, República Democrática do Congo e co fundador da primeira Companhia de Dança Contemporânea da África do Leste, Faustin esteve na Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MIT-SP), com temporada de seu espetáculo A Carga (10 a 13 de março) e um workshop voltado para o público das artes cênicas, ambos vivências profundas tanto intelectual quanto artisticamente, entrelaçando questões filosóficas e artísticas da negritude contemporânea. Em uma conversa livre e tranquila pude conhecer um pouco mais sobre a obra e pensamento de Faustin, e divido com vocês um pouco dessa rica interação em duas partes. … Eu penso que o pequeno workshop ontem, já deu a possibilidade de se ter uma pequena percepção sobre a minha forma de trabalhar. Se há algo para dizer num primeiro momento, é eu não sei o que é a dança africana, eu não sei...
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